Bali. Imprevistos na estrada.

O início pela fresquinha combinado na noite anterior para continuarmos a explorar Bali de mota não aconteceu. O cansaço foi mais forte e acabámos por só começar a viagem por volta das 10h.

Hoje o destino é Sidemen, uma aldeia perdida no meio de montanhas e campos de arroz, a cerca de 35 kms de Ubud. Paramos no caminho para tomar o pequeno almoço. Ao entrarmos no café à beira da estrada, sinto todos os olhos a virarem-se para nós com um ar curioso mas ao mesmo tempo espantado por verem 2 turistas no meio de nenhures. “Hello! O que há para comer?” Recebo em troca um ar totalmente perdido do rapaz a quem me dirigia. Nem uma palavra de inglês. Bonito. Alguns jogos de mímica depois, sem sucesso, acabamos por apontar para uma das imagens de comida que estavam num placard publicitário do restaurante e lá conseguimos comer alguma coisa. Noodles para o pequeno almoço parece-me bem.

Continuamos o nosso caminho. Passamos por algumas celebrações religiosas pelo caminho, em várias aldeias, e acabamos por parar num templo que vemos da estrada e nos parece interessante. Estacionamos a mota e vem logo um tipo ter connosco a dizer-nos (quase por gestos novamente) que temos de esperar antes de entrar no templo. Chama outro tipo, que falava um bocadinho de inglês, que nos diz que não é preciso pagar nada para entrar mas que temos de fazer uma doação para o templo e que ele depois escreveria no livro das doações o nosso nome. Pois, claro. Dizemos que só no fim. Entretanto o outro que não falava inglês diz-lhe alguma coisa em indonésio com um ar suspeito e afinal parece que também temos de pagar parking. Ai o caraças. Esta mania de olharem para os turistas aqui como se fossem carteiras ambulantes começa a fazer-me alguma “espécie”.

O templo é interessante e não há turistas em lado nenhum. Um autêntico labirinto de salas e mais salas para explorar. Terminada a exploração, voltamos à estrada rumo a Sidemen. A determinado ponto do caminho, indecisos sobre se deveríamos seguir em frente ou virar à esquerda, paramos na beira da estrada. Lá chegamos à conclusão que é para seguir em frente. Vamos lá então. Ou não. Porque a mota decide que, por ela, a viagem acaba já ali. Não pega por nada. E ali estamos nós: no meio de uma estrada sem saber bem onde, com a scooter avariada, e já a pensar que lá vamos nós ter de ligar ao tipo que nos alugou o bicho para que a vá buscar ao rabinho de Judas.

Enquanto pensamos no que fazer, vou ao mercado do outro lado da estrada para comprar uma água e aproveito para perguntar se há alguma oficina nas redondezas. Aparentemente nascemos com o nosso próprio rabinho virado para a lua porque parece que há uma oficina a cerca de 20mts mais à frente. O tipo lá da uma vista de olhos à mota e parece que é um problema simples: tem o filtro de ar obstruído. Em 10 minutos está resolvido. O Ciprian dá-lhe 20.000 rupias e ele fica todo contente.

A viagem continua sem problemas. Chegamos a Sidemen onde temos direito a vistas privilegiadas sobre os campos de arroz. Encostamos a mota à beira da estrada e sentamos-nos junto a uma ravina para assimilar e respirar o cenário como ele merece.

Um pouco mais à frente paramos numa espécie de café na estrada e, por curiosidade, compramos um cacho de um fruto estranho a que damos o nome de “snake fruit” pela casca que se assemelha a uma pele de cobra. A mulher do café ensina-me a descascar um. É óptimo! Tem um sabor que reconheço de outro lado mas não consigo perceber exactamente a quê. Ao nosso lado estão 4 velhotes que, sem falar uma única palavra de inglês, se divertem a ver a reacção destes 2 turistas ao comerem pela primeira vez um fruto que para eles é tão comum. Devemos parecer tão totós… Vemos que estão a beber uma espécie de sumo do mesmo fruto e perguntamos se podemos provar. Oferecem-nos um copo de imediato. Não é sumo… É uma espécie de vinho com um teor alcóolico ainda bastante razoável! Óptimo! Oferecem-nos mais um mas recusamos. Ainda há uma viagem de pelo menos 1 hora para fazer para baixo e a mota precisa de ir a direito.

Ainda tentamos encontrar os caminhos de trekking pelos campos de arroz mas revela-se uma tarefa demasiado complicada. Decidimos voltar para Ubud antes que escureça. Amanhã há mais. 🙂

Até já!

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Maria João Proença

Nascida e criada em Lisboa, Portugal, mas apaixonada pelo mundo. Adoro partilhar as minhas histórias de viagem, fotografias e videos e aconselhar e inspirar quem partilha a mesma paixão pelas viagens!

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