Dia 1. Enganaste-me bem, Hanoi…!
E aqui estou eu, após 17 horas em viagem, em Hanoi, no Vietname. Primeiras impressões: o caos é rei, o ambiente (embora muito movimentado) é de uma tranquilidade e despreocupação total. Centenas de motas preenchem as estradas da cidade todo o dia. As estradas, os passeios… Em contramão… A ignorar completamente quaisquer regras de trânsito alguma vez criadas. Existem rotundas, existem passadeiras, existem semáforos. Mas é tudo coisa que não assiste aos vietnamitas. Ou pelo menos ao povo desta cidade! Passados poucos minutos, percebe-se perfeitamente que se não nos lançarmos para o meio da estrada (qual Jesus a caminhar sobre a água) ficaremos eternamente plantados à beira daquela estrada. O truque é avançar e deixar que as motos e carros nos contornem (btw: há substancialmente mais motas do que carros nesta cidade). É só preciso ter fé!
Outra experiência interessante é a de andar à pendura numa moto no meio do trânsito. Oh santa adrenalina! Depois de horas a andar para a frente para trás, lá tive de ceder a um dos “avanços” de um dos “mototaxistas”. Após alguma negociação (pouca já que o tipo claro que me estava a tentar enganar com um preço exagerado, tendo-lhe virado as costas dizendo que preferia andar e 30 segundos depois lá vinha ele atrás de mim com 1 preço mais aceitável), lá fui eu à pendura de volta para o meu “hotel” no meio deste trânsito absolutamente caótico (caos este perfeitamente comum entre o povo asiático, pela minha experiência)
Quanto ao “Hotel”: é uma homestay chamada Hanoi Family Homestay, ou seja, tenho um quartinho na casa de uma família (por sinal bastante grande já que sempre que vou à recepção por alguma razão,conheço sempre um novo membro). Eles alugam quartos a turistas por 1 valor bastante razoável (+/- €14) com pequeno-almoço e jantar com a família.
A “Perfume”, que aparenta ser a manda chuva, é uma querida e (apesar de eu saber que ela tem lucro com isso) ajudou-me a marcar logo todas as viagens que eu queria fazer aqui no Norte. Assim, hoje à noite não há cá noite de sono em cama de hotel, há uma viagem de 11 horas no comboio nocturno para Sapa, na companhia de uma francesa que também está aqui alojada e que vai lá ter com uma guia amiga dela. Assim acabamos por ter uma private tour só as 2, afastadas dos típicos grupos de turistas e com a promessa de que visitaremos lugares pouco visitados pelas hordes de turistas que lá afluem todos os dias. Volto a Hanoi apenas para seguir directamente para Halong Bay. Can’t wait!
As poucas horas que passei neste país até agora, fazem com que me aperceba que já tinha mesmo perdido a memória dos odores, do calor, da comida e do povo asiático. A aversão que tinha desenvolvido prematuramente em relação a Hanoi é completamente infundada e é uma cidade que me deixou totalmente confortável e em casa desde o primeiro momento. O caos controlado, os sorrisos, a descontracção e o “easy going” que se sentem por todo o lado prometem vir a fazer desta terra uma doce memória para o futuro. E só cá estou há horas! 🙂
1 Comment
1 – Vê lá se tiras uma foto na moto. Nem que seja o reflexo de uma montra.
2 – Eu tinha de levar colher e garfo, se não morria de fome ou comia à mão