Improvisos em Ubud, Bali.

Acordo às 5h30 da manhã para estar pronta às 6h, hora a que chega o táxi para me levar para o aeroporto. O meu avião parte às 7h15 rumo a Dempasar, Bali, de onde sigo depois para Ubud.

Às 6h estou pronta e nada de táxi. 6h10 e ainda nada de táxi. Começo a desesperar já convencida de que vou perder o avião. Tenho de acordar o “P”. Ele levanta-se ainda com um olho aberto e outro fechado, pega na scooter e lá vamos nós a abrir a caminho do aeroporto. Chego em cima da hora e ainda tenho de fazer o check in. Tenho 40 pessoas à minha frente. Estou lixada… Mas não sei como, consigo fazer o check in mesmo no último minuto e ir a correr para o avião onde sou praticamente a última pessoa a entrar.

Durante o voo, início conversa com uma mulher sentada ao meu lado que trabalha em Bali num hotel e me dá dicas preciosas sobre o que fazer aqui. Não consigo deixar de ficar surpreendida com a disponibilidade e simpatia do povo desta zona do mundo.

Ainda encontro a Mariana e a Dany à chegada a Bali, no aeroporto. Dizem-me que afinal devem ficar 2 noites em Kuta e que depois seguem para Ubud. Digo-lhes que decidi seguir já para Ubud afinal. O meu instinto diz-me que Kuta não é para mim. Despedimo-nos na expectativa de nos vermos daqui a 2 dias novamente! Procuro um táxi que me leve a Ubud, que ainda fica a 2 horas de distância do aeroporto. Depois de alguma negociação, consigo um valor abaixo das 300.000 rupias que me pedem no balcão dos táxis.

Em Ubud dirijo-me ao Hostel onde tinha marcado 2 noites pela Booking na noite anterior (Dewa Hostel). Perguntam-me o nome. Ele olha uma e outra vez para o livro das reservas e não encontra nenhuma Maria. Ai… Desfaz-se em desculpas, diz que às vezes isto acontece com a Booking, mas que o Hostel mesmo ao lado (Ode Hostel) é do irmão dele e ainda tem uma cama disponível. Lá peço para ver o sítio e até me parece aceitável. Pelo menos tem só 8 camas (o outro tinha 12) e é até mais arejado. O preço é o mesmo. “Ok, fico mas só por uma noite. Depois logo decido.” Acertamos contas e instalo-me. Troco alguma conversa com um polaco chamado Cyprian, um italiano, um holandês e 2 australianos. Vou dar uma volta pela cidade.

Ubud encantou-me desde o primeiro momento. Sim é turístico, sim tem bastante trânsito nas ruas principais e muita gente. Mas a cultura, o ambiente descontraído, as casas típicas balinenses e as pessoas conquistaram-me desde o primeiro momento. Há performances artísticas e celebrações tradicionais todos os dias e em todo o lado.

É fácil perdermos-nos nos becos e ruas secundárias da cidade e ficarmos de boca aberta com a beleza das casas balinenses e dos templos que se encontram em cada esquina em Ubud.

À noite compro um bilhete para ir ver uma performance de dança tradicional por um grupo que incentiva a emancipação e “empowerement” das mulheres em Bali. E que performance. A música, o detalhe dos movimentos das mãos, dos pés, dos olhos e da cabeça das dançarinas, o significado por trás de cada dança, a interacção entre os músicos e as dançarinas, o guarda roupa e o local em si, um templo lindo no centro de Ubud… Não estava à espera de gostar tanto, confesso. Valeu a pena as 75.000 rupias que dei.

No dia a seguir mudo de hotel. Passo do Hostel para uma homestay onde para além de ter a oportunidade de conviver directamente com uma família local, pago menos por um quarto com casa de banho privativa.

À tarde combino com o polaco Cyprian e alugamos uma mota a meias. Como não conduzo motas e não tenho carta de condução internacional, vem a calhar este acordo. Pegamos na scooter, depois de muita negociação com o tipo que nos queria roubar à grande, e vamos em busca de um templo de que o James, um miúdo que também estava na mesma homestay, me falou.

Com o gps na mão lá chegamos. Pagamos 20.000 rupias para entrar e chegamos à conclusão que não valia esse dinheiro. Não era nada de extraordinário. O que valeu mesmo a pena foi o trekking que fizemos por uns caminhos mais isolados dentro do templo. Depois de uns metros no meio da selva, chegamos a uma aldeia onde nos divertimos a explorar os becos e vielas e entramos numa casa particular convencidos que era um templo. O dono da casa não leva a mal e explica-nos o conceito por trás da construção das casas. Aqui vive a família toda (avós, pais, filhos) e a casa é composta por vários espaços usados para fins distintos, como celebrações especiais e locais para fins religiosos. As casas têm sempre um pátio interior e são absolutamente lindas.

Voltamos para trás, saímos do templo e decidimos continuar a descer rumo a uma praia que vemos no mapa. Nunca ouvimos falar, mas achamos que nao perdemos nada em explorar. Chegados à tal praia, damos com uma praia de areia negra, barcos de pescadores alinhados, e uma celebração religiosa que acabamos por saber que era uma celebração em honra de alguém que tinha falecido recentemente. Comemos um peixe grelhado, bebemos um grande coco fresquinho, molhamos os pés na água e pomos-nos a caminho de volta para Ubud.

Sao estes momentos inesperados que nos trazem as melhores memórias. E este já cá ficou marcado.

Tenho a sensação que me vou apaixonar por Bali. O bom feeling que senti quando cheguei à indonésia está a intensificar-se cada vez mais 🙂

Até já! 

ubud
Java
Ubud
ubud. Bali
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monkey forest. Ubud
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monkey forest. Ubud
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monkey forest. Ubud
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monkey forest. ubud
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monkey forest. Ubud
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dança tradicional. Ubud | Traditional Dance. Ubud
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templo goa gajah. bali
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Templo Goa Gajah. Bali
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Goa gajah. Bali
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Maria João Proença

Nascida e criada em Lisboa, Portugal, mas apaixonada pelo mundo. Adoro partilhar as minhas histórias de viagem, fotografias e videos e aconselhar e inspirar quem partilha a mesma paixão pelas viagens!

1 Comment

  1. Olá Maria João! Vou a Bali em Agosto e os seus posts estão a ser uma ajuda preciosa. Gostava de saber qual foi a Homestay onde ficou e se recomenda! 🙂 Obrigada!

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