Primeira paragem: Singapura
Parto de Lisboa às 15h45 rumo a Istambul pela Turkish Airlines, de onde depois saio à 01h20 para o meu destino final: Singapura.
De Lisboa para Istambul consigo o lugar perfeito para o meu 1,80m: junto às saídas de emergência. Estico as pernas, cruzo-as, quase não preciso de me levantar para deixar as outras pessoas passarem para os seus lugares.
O único senão: parece que fiquei sentada junto ao grupo recreativo de Linhares de Baixo.
Mas por que raio é que esta gente, que claramente seguia toda para o mesmo destino, não podia ficar calada e dar algum descanso aos restantes passageiros, em vez de passarem o tempo todo a falarem uns com os outros como se estivessem a 50mts de distância?
Depois de alguns olhares mal dispostos de alguns passageiros, lá se calaram. Mas não sem antes terem comentado que numa viagem de avião prévia já os tinham mandado calar por estarem aos berros uns com os outros, enquanto jogavam uma suecada. Oh Deus.
No voo para Singapura não tive disto, mas em compensação tive 10 horas de sofrimento entalada num lugar que claramente foi feito para pigmeus.
Apesar de um pouco torta, lá cheguei a Singapura. Aterro às 17h25 no aeroporto de Changi, de onde saio de táxi para o meu hostel em Boat Quay. O taxista deixou-me numa rua que claramente eram as traseiras dos restaurantes da zona. Staff a fumar à porta, vista directa para a cozinha, um cheiro intenso a comida dos mais diversos tipos e caixotes do lixo por toda a parte. E eu a pensar em que choça é que ia ficar.
Chego ao número 76 e apenas vejo um sinal na porta com a indicação “Madame Tun Chi Ka”. Ai o cara…ças. Lá peço indicações a um dos cozinheiros cá fora a fumar que me diz que não era aquela a rua mas sim a de trás. Ufa…
Chego ao Hostel, um autêntico labirinto de escadas e corredores, e ao meu quarto de 1 beliche, sem janelas. Tempo de pousar as coisas (basicamente a mochila) e ainda dar uma voltinha pelas redondezas enquanto procuro um sítio para jantar. Fico a conhecer Boat Quay e Clarke Quay, 2 zonas repletas de restaurantes e bares, onde acabo por jantar num sítio de noodles e sushi num dos muitos centos comerciais que por lá existem. Comi uma noodle soup com frango frito que deu para matar saudades do Laos e do Vietname e o bichinho até às 06h da manhã, hora a que acordo para tomar o pequeno almoço e dar mais uma volta por Singapura antes de apanhar o autocarro para Malacca, a minha primeira paragem na Malásia.
Ainda consegui ir a pé até aos Garden by the Bay, uns jardins que ficam junto ao famoso hotel Marina Bay Sands conhecido pela sua infinity pool e pelas vistas fantásticas sobre Singapura. Pelo caminho passo por arranha-céus brutais e assisto ao acordar da cidade. E é de facto uma cidade fantástica (Cat, tinhas razão). Por todo o lado vejo pessoas a fazerem jogging antes de irem para o trabalho, as lojas a abrirem e o dia a iniciar a sua rotina.
Toda a gente é de uma simpatia e educação incríveis, sempre prontos a ajudar mesmo sem por vezes o pedirmos antes.
Tudo está limpo (à excepção dos wcs femininos do Hostel em que fiquei, por onde claramente passou uma vara de suínos), tudo está organizado e tudo funciona.
Volto ao hostel de transportes para ir buscar a minha mochila e sigo rumo à estação de Queen Street para apanhar o autocarro para Malacca. Esperam-me 4 horas de viagem num autocarro onde tenho espaço que chegue e sobre para as pernas e ar condicionado. Que mais posso pedir?
Até já!
3 Comments
Há uns bons anos atrás visitei Singapura. Já tinha boa impressão desse país antes de lá chegar. Mesmo assim foi uma surpresa o nível de organização e urbanização. Um aspecto divertido foi uma Tshirt vendida nas lojas de souvenirs que dizia “Singapore is a Fine City”. Seguido das lista das “fines” (multas). Onde esta incluía uma de 100 Dólares de Singapura para quem mascasse chicletes. Para não falar das aplicadas a quem atirasse pontas de cigarro para o chão, atravessar ruas fora da passadeira, etc.
Tenho de encontrar essa t-shirt se lá voltar entretanto, ehehe. Sim, é verdade, Singapura está cheia de regras, é impressionante! 🙂
É mesmo!! Pena que foi tão pouquinho tempo, eu também nao estive muito mais. também adorei esse prédio que tinha autênticos jardins nas varandas hehehe