Yogyakarta. O bom feeling chamado Indonésia.

Às 13h30 aterro no aeroporto de Yogyakarta na Indonésia. À minha espera tenho o Daniel, o dono da homestay para onde vou (Rumah Zen), que me dá boleia de scooter. A mim e à minha mochila de 8kgs. A viagem não é muito simpática… Para além dos 8kgs às costas, há ainda o factor calor, poluição, trânsito intenso… Mas chego inteira!

A homestay está cheia de gente de todo o lado que vai chegando durante a tarde de tours e passeios pela cidade e arredores. Holandeses, franceses, chilenos, canadianos. Trocamos alguns dedos de conversa e à noite acabo por ir jantar com o Daniel e com a Marie, uma canadiana de 19 anos a percorrer o Sudeste Asiático durante alguns meses.

Depois do jantar, o Daniel leva-nos a Marioboro, a principal avenida de Yogyakarta. Muito trânsito (seja a que hora for), centenas de lojas para comprar tudo e mais alguma coisa, e centenas de pessoas a percorrerem a avenida. Yogyakarta é uma cidade maior do que eu pensava. O trânsito é uma constante apesar de, no meio dos carros e motas, se verem muitos riquexós e carroças puxadas por cavalos.

Mas é uma cidade com um ambiente descontraído, onde os sorrisos e a simpatia abundam. Há sempre alguma coisa para fazer, quer dentro, quer nos arredores.

Depois de Marioboro, passamos por um largo enorme, uma espécie de praça central, totalmente descampada, apenas ocupada com 2 árvores enormes no centro, estando cada uma rodeada por uma cerca branca. Reza a lenda que quem conseguir passar de olhos vendados no meio destas 2 árvores, vê os seus de desejos concretizados. Pois a Mary Jo aqui bem que tentou. Vendaram-me os olhos, colocaram-me em posição, e lá fui eu, passinho minúsculo em passinho minúsculo, em direcção ao meio das 2 árvores. Ou assim pensava eu. Passado um minuto de ter começado, pergunto-lhes se estava longe ainda. Dizem-me que a andar àquela velocidade ia estar longe durante muito tempo… É importante ter em conta que a tal praça estava cheia de pessoas a fazerem o mesmo que eu ou a lançarem coisas luminosas ao ar, que o chão era bastante irregular e que eu não estava a ser orientada por ninguém. Pois passados uns segundos, tiram-me a venda e percebo que basicamente fiz um círculo tendo acabado quase no mesmo sítio onde comecei… Portanto nada de desejos concedidos aqui para a Je. Primeiro a tal roda da sorte em Georgetown, agora estas árvores… Isto não está famoso não… 😜

A seguir à praça fomos a um pátio/café de uma amigo do Daniel. Entramos e foi-nos oferecido um café de cocó. Não, o café era bom, mesmo muito bom, mas os grãos de café usados são basicamente extraídos das fezes de um animal chamado “Civeta”. É um dos cafés mais caros do mundo, chamado Kopi Luwak, mas de facto é muito bom. O animal de estimação do dono do café (que também é produtor) é um desses bichinhos. Ele foi buscá-lo para o vermos. Tem algumas parecenças com um gato, mas depois de me terem dito que eles costumam ser agressivos não tive coragem de lhe tocar.

Passados uns minutos percebemos que sem querer tínhamos entrado na festa de casamento dele. Bem, não era bem uma festa de casamento mas antes uma tradição local em que o homem deve apresentar formalmente a sua nova esposa aos amigos, conhecidos e família. A noiva é presenteada com ofertas por parte da família do noivo. Café bebido, desejos de felicidades dados aos noivos e siga para o hotel.

No dia seguinte fui dar uma volta pela cidade. Marioboro, o Water Palace, o Palácio do Sultão… Essencialmente respirar a cidade durante o dia.

No palácio do sultão sou abordada por um grupo de 6 miúdas de 12/13 anos, acompanhadas pelos professores, que me pedem autorização para me fazerem algumas perguntas. “Claro”, digo eu. Segue-se um interrogatório total. “De onde és?”, “Como te chamas?”, “há quanto tempo estás cá?”, “estás a gostar?”, e por aí em diante. Terminadas as perguntas, querem tirar uma foto comigo. Ficam todas contentes quando acedo e até os professores se juntam à foto. Digo-lhes que também quero uma foto com elas. Ficam surpreendidas e desatam aos risonhos descontroladamente. Despeço-me, no meio de muitos agradecimentos.

À tarde, o “P”, o tipo que trabalha com o Daniel aqui na homestay, oferece-se para me dar boleia até Prambanan, um templo hindu, a 30 minutos de Yogyakarta. Chego ainda a tempo de ver o pôr do sol.

Ao subir a um dos edifícios no templo, pedem-me de novo para tirarem uma foto comigo. Desta vez o pedido vem de uma rapariga com mais ou menos a minha idade. Acedo (que remédio). O namorado tira a fotografia. Ela mete imediatamente a mão à volta do meu ombro. Eu, meio encavacada, lá sorrio para a fotografia. Não contente com isso, ela puxa a minha mão e faz questão que eu a ponha à volta da cintura dela. Parece que somos amigas há anos. Tudo bem. Faz parte, acho eu… “Adeus, adeus. De nada!” E lá vou eu de volta para o hotel de mota com o “P”.

Pelo caminho, vejo-me rodada pelas cores do pôr do sol ainda recente de um lado, e pela visão da lua cheia do outro. Estou na Indonésia, do outro lado do mundo, por minha conta, à boleia numa mota. E a vida parece-me simples e descomplicada.

Domingo, 3h45 da manhã. Acordo com o som da voz do motorista da mini-van que me veio buscar para seguirmos para Borobodur, um templo budista a 1 hora de Yogyakarta. “Mariaaaa”, “Mariaaa”! “Coming!! Just one second!”. Ainda com um olho aberto e outro fechado, lá vou eu para a mini-van.

Paramos para apanhar mais pessoas pelo caminho, e sentam-se 2 miúdas ao meu lado. É impressão minha ou estou a ouvir falar português…? Sim! São brasileiras! A Daniela e a Mariana. super simpáticas, de Brasília. Ficamos a perceber que vamos as 3 para Bali amanhã no mesmo voo. Dizem que querem ficar pelo menos uma noite em Kuta (a meca turística de Bali) para irem a uma discoteca chamada Sky Garden.

Fico tentada a juntar-me a elas, mas parece-me que me vou meter em demasiada confusão para o meu gosto. Mudo de ideias e reservo já as primeiras 2 noites em Ubud. Há que seguir o instinto. Nunca falha. A seguir a Ubud há que tomar decisões sobre o próximo destino antes de ter de partir para Jakarta para o voo de regresso a casa. Mas há tempo. Aqui há sempre tempo 🙂

Até já!

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Maria João Proença

Nascida e criada em Lisboa, Portugal, mas apaixonada pelo mundo. Adoro partilhar as minhas histórias de viagem, fotografias e videos e aconselhar e inspirar quem partilha a mesma paixão pelas viagens!

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