Nunca passei tanto tempo no mesmo sítio sem fazer nenhum, como passei no Utopia este Sábado.

Depois da noite anterior de bowling até às 2 da manhã, acompanhada por algumas Beer Laos, aguardava-me (como seria de esperar) um belo dia de “lanzeira” e alguma dificuldade em levantar o rabo dos colchões do Utopia.
Cheguei às 12h ao bar com a Marjoleine e saímos por volta das 17h para tomarmos um banho rápido e finalmente fazermos alguma coisa. A preguiça é boa mas estar 5 horas deitada, a olhar para o rio e a pensar na vida era simplesmente demais.
Depois do banho, encontrámos-nos no Night Market para umas comprinhas e jantar. Regatear aqui (como em praticamente toda a Ásia) é quase obrigatório, pelo que até se conseguiram alguns negócios jeitosos.
Compras feitas, jantar tomado, e estávamos de volta ao Utopia para nos juntarmos ao Salvador, ao Stod e ao Randy. Dai, ainda demos um pulinho ao Icon mas a noite não se prolongou muito, já que a anterior valeu por algumas… Ahaha.
No dia seguinte decidimos todos que não podíamos voltar a ficar um dia inteiro a vegetar no Utopia outra vez (e não é que seja uma coisa necessariamente má, mas a verdade é que o dolce fare niente acaba por fatigar mais do que se fizéssemos alguma coisa de especial).
Rumo às margens do Mekong para negociar com o “capitão” de um dos barcos que lá estavam, uma voltinha de cerca de 2 horas mais ou menos. A ideia passava por almoçarmos no caminho, parar mais uma vez algures e voltarmos.
Quando chegámos ao barco demos de caras com um long boat com um ar um bocadinho manhoso que nos deixou algumas vezes na dúvida se chegaríamos ao destino. Por várias vezes o motor não pegou, obrigando o “capitão” a dar um jeitinho para que a coisa funcionasse.
Passados uns 30 minutos de viagem, ele encosta o barco e leva-nos por um caminho cheio de lama no meio de nenhures. Turistas ou viajantes nem vê-los, e pelos olhares curiosos que recebemos à nossa passagem, devemos ter sido uns dos poucos a visitar aquele sítio. O capitão tinha-nos levado a almoçar na aldeia dele. Pelo caminho vimos pegadas de elefantes que ajudam a transportar o bambu e a madeira.
Aqui comi a melhor noudle soup destas 2 semanas. Absolutamente deliciosa. O único senão era o calor surreal que se fazia sentir. Nunca pinguei tanto suor na minha vida. Parecia que estávamos todos a derreter. A sopa quente também não ajudou…
Pagámos uma ninharia, agradecemos 10 vezes pela óptima comida e pusemos- nos a andar para o barco para continuar a descida do rio.
Passados mais 15 minutos, o barco encosta outra vez à margem e desta vez somos deixados numa aldeia da tribo Hmong. Depois de subir uma ladeira íngreme com algum custo, lá chegámos ao meio da aldeia e fomos levados pelo “capitão” do barco a ver as 5 casas que compunham o sítio.
Ao fim de poucos minutos, percebemos bem o porquê de termos sido levados lá. O objectivo era comprarmos algum artesanato às mulheres e crianças da aldeia. Fomos completamente rodeados por umas 7 crianças e uma mulher mais idosa que quase nos enfiavam as bolsinhas e as pulseiras pela goela abaixo.
Quando nos estávamos a preparar para ir embora, cai uma chuvada “daquelas” que nos força a refugiarmo-nos debaixo de um palheiro minúsculo. Juntaram-se a nós as 7 crianças e a mulher idosa. Pelo menos estávamos aconchegadinhos!
O que nos preocupava mais era como conseguiríamos descer a ladeira que tínhamos subido a muito custo alguns minutos antes, agora que estava tudo alagado.
Acabámos por sobreviver todos, apenas com um tralho pacifico pelo caminho.
De volta ao barco, regressámos à cidade.
O resto do meu ultimo dia no Laos foi preenchido por uma massagem de corpo inteiro que durou uma hora e custou 8 dólares (!!) e mais uma Beer Laos no Utopia para a despedida. Promessas de até breve e apelos para viagens ao México, Los Angeles, Holanda e Lisboa. 🙂
Hoje de manhã, seguiram todos numa mini van para Vang Vieng.
A tentação de seguir com eles é enorme, mas a realidade espera-me em Lisboa.
….
Este texto foi entretanto editado. Deveria já estar em Lisboa a esta hora mas eis o que aconteceu:
Apanho o avião de Luang Prabang para Vientiane onde teria de esperar 7 horas pelo voo que me levaria a Bangkok às 21h30. Após 2 horas de espera e um sentimento de angústia por ter de voltar ao fim de apenas 2 semanas, algo faz um clique em mim. Pego no telemóvel, ligo ao meu chefe e, sabendo desde já que o não estava garantido, pergunto-lhe se existe algum problema em prolongar as minhas férias por mais uma semana apenas. A resposta não foi a que eu estava à espera… Foi “SIIIMMMM”!!! :):):)
A partir daí tive apenas de alterar o voo de regresso, apanhar uma mini-van para Vang Vieng (onde a Marjoleine e o Salvador já estavam) e adiar assim por uma semana o sentimento de angústia por ter de voltar à realidade.
(Note to self: nunca mais viajar no banco de trás da mini-van…)
Não há qualquer dúvida que esta viagem tem sido uma life changing experience. E planeio aproveitar cada minutinho até ao limite. :):)
Até já!!

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Maria João Proença

Nascida e criada em Lisboa, Portugal, mas apaixonada pelo mundo. Adoro partilhar as minhas histórias de viagem, fotografias e videos e aconselhar e inspirar quem partilha a mesma paixão pelas viagens!

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